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Neste artigo, não defendo a idéia de que a oração é, de algum modo, inefectiva ou desnecessária. Simplesmente quero chamar a nossa atenção àqueles momentos em que precisamos mais que apenas orar:

  • Quando oramos pela salvação de alguém, mas não nos esforçamos em falar-lhe do Evangelho. Certamente Deus é soberano quanto à nossa salvação, mas manda-nos falar do Evangelho às pessoas (Mt 28:18-20).
  • Quando oramos para que Deus traga um [crente] desviado de volta, mas não estamos dispostos a confrontar o mesmo. De igual modo, Deus chama-nos para ajudar na restauração dos irmãos e irmãs que desviaram-se dos seus caminhos (Gl 6:1).
  • Quando oramos por providencia financeira à nossa igreja, mas não treinamos os nossos membros sobre mordomia. Por que Deus providenciaria se nós não discipulamos?
  • Quando oramos para que Deus nos livre de um pecado que exerce algum controle sobre nós, mas continuamos a frequentar o mesmo lugar errado… com as mesmas pessoas erradas…no mesmo momento errado. Orar por libertação sem escolhas sábias é sinal de que falta algo.
  • Quando oramos por entendimento a respeito de alguma coisa, mas não abrimos a Sua Palavra regularmente por um período prolongado. Não podemos esperar que Deus responda essa oração quando ignoramos o meio principal pelo qual Ele fala conosco.
  • Quando pedimos a Deus que nos revele a Sua vontade, mas já sabemos o que faremos independentemente de qual seja a Sua resposta. Esta oração é tanto quanto desnecessária uma vez que já decidimos que vontade seguiremos.
  • Quando imploramos a Deus para que nos dê crentes maduros que possam ajudar na liderança da congregação, mas não temos estratégias para prepará-los. Igrejas sem estratégia intencional de discipulado, raramente desenvolvem um bom canal de liderança.
  • Quando oramos por qualquer necessidade, mas não arrependidos de algum pecado. Pecado inconfessado em vidas sem arrependimento ofusca as nossas orações (Is 59:1,2).
  • Quando estamos orando por alguma coisa, mas sem perdoar alguém que nos feriu. Eis aqui como Jesus tratou esse assunto: “Por isso vos digo: Tudo o que pedirem em oração, creiam que o receberão e assim acontecerá. Mas quando estiverem a orar, se tiverem razão de queixa contra alguém perdoem-lhe, para que o vosso Pai do Céu vos perdoe também os vossos pecados.” (Mc 11:24,25 BPT).
  • Quando oramos para que Deus nos use na pregação ou ensino, mas temos sido preguiçosos na nossa preparação durante a semana. Graças a Deus, a sua Palavra é poderosa e vai além dos nossos esforços, porém não podemos assumir que Deus abençoará a nossa má ética de trabalho.

Que outros momentos vem à sua mente? Partilhe-os nos comentários.

O presente artigo, ligeiramente modificado, é de autoria de Chuck Lawless e foi publicado com a devida permissão.

Kyle Idleman define AHA (do Inglês, AwakeningHonestyAction; DespertamentoHonestidadeAção, tradução livre) como um reconhecimento repentino que conduz a um momento de honestidade que produz mudança.

Passividade é um grande perigo que , geralmente, tem sido tratada levianamente. Para muitos a percepção do perigo é evidente apenas após ver as consequências da mesma sendo coroadas. Há um outro perigo (e não é o único) que caminha junto com a passividade deixei a sua descrição para o final e, se por acaso identificar-se neste artigo; não sinta vergonha ou algum receio, simplesmente admita-o, não fique apenas na reflexão mas, arrependa-se e pratique o que você sabe que deve fazer.

Este ano tem sido extremamente complicado para mim devido ao peso de trabalhos e responsabilidades, ou melhor, honestamente falando, devido ao exagerado espaço que dei à passividade pois de uma ou outra forma todos temos trabalhos e responsabilidades a desempenhar e não precisamos de acréscimos no tempo porque 24 horas para um dia já são suficientes em vez de um “quem me dera que o dia tivesse 26 ou 32 horas!”. A passividade chegou, partilhámos a mesma mesa, dei-lhe o privilegio de falar e, finalmente, acabou por convencer-me com as suas sugestões mascaradas. Só para citar algumas das várias consequências: relacionamento(s) quebrado(s); comunhão com Deus por renovar e manter fora do sistema religioso; pesquisas por escrever e publicar; dissertação por terminar; carta informativa por escrever; vários livros e artigos por ler e escrever os respectivos relatórios; pessoas por visitar; cursos por concluir; compromissos de evangelismo e discipulado por manter firmes e constantes;  feiras de emprego, testes e seminários perdidos; hábitos e costumes que parecem simples mas, dificilmente se mantêm contantes… a lista continua. Para piorar, muitos desses eventos, que ja deviam fazer parte de um estilo de vida, têm prazos. Na verdade, eu fui sendo alertado por Deus, professores, amigos, colegas, circunstâncias… a respeito deste perigo mas, lembra daquela situações em que se apercebe que procede mal e que deve tomar outro rumo porém,…simplesmente deixa p’ra lá e insiste em ouvir a consciência acusando-o; chega, inclusive, a admitir consigo mesmo “sei que estou errado” e,…não faz nada para mudar a situação? Prefere ser passivo do que ativo!

Afinal, o que é passividade?! 

Segundo o dicionário Priberam, “passividade é a qualidade do que é passivo”; e este último, dependentemente do contexto deste artigo, significa “que não actua”, isto é, “indiferente, inerte”. Quantos foram prejudicados por não acatarem conselhos valiosos, ou pior quantos já não estão entre os vivos simplesmente por ignorarem as advertências das por agentes reguladores de trânsito, bombeiros, etc? No país onde resido, ocorrem terremotos e outros fenômenos naturais todos os anos, as instruções sobre como proteger-se, onde deslocar-se, o que levar consigo…são passadas desde a tenra idade; ja imaginou se num desses eventos o individuo simplesmente ignorar os alarmes?

Na realidade, eu acho que um passivo é alguém que vive do passado, gabando-se do que já fez ou viu e, até mesmo aquele que vive num estado de autopiedade por uma acção negativa do passado perpetrado contra ou por si, um autêntico museu ou enciclopédia móvel no sentido mau (podre…prontos a palavra soltou às teclas!) e prefere não aceitar mudanças. O que é isto que nos impede de agir de agir com grande senso de urgência? Em vez de sermos activos parece-nos natural sermos em responder passivamente. Geralmente, a tendência em vez de actuar tendemos a uma atitude (podre e cega) do tipo “estou certo que tudo acabará por si mesmo em bem”.

Apesar de a Bíblia não ser tão específica quanto a isto, acho que devo concordar com Kyle Idleman quando diz que passividade pode ser cuidadosamente descrita como o primeiro pecado que herdamos de Adão, que seria justo dizer que o primeiro pecado do ser humano não foi o comer da fruta, mas sim a passividade. Lembra quando Eva tirou a fruta? O que estava Adão a fazer? ou onde estava ele? De acordo com Gênesis 3:36, Adão estava aí com ela. Ele não disse nada; não fez nada; apenas ficou parado aí.

Continua…