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E é esta a medida: o maior amor é mostrado quando alguém dá a vida pelos seus amigos. João 15:13 (OL)

Com certeza, ocasionalmente, ja ouviu falar deles: heróis que, na vida real, sacrificam-se a si mesmos pelos outros. Eles pagam o último preço ao renunciarem a sua própria vida. Um soldado no campo de batalha. Um bombeiro correndo para dentro de um edifício em chamas. Um transeunte que mostra-se preocupado e coloca-se no lugar de perigo no lugar de outrem. Essas estórias tornam-se legendas. Monumentos são erguidos com um sentimento de conquista. É o tipo de matéria do qual a grandeza é feita.

Conhecemos e nos lembramos dos nomes de alguns; outros morreram no anonimato. Mas, ainda assim, de igual modo, todos são heróis. 

Hebreus 11 é conhecido como o “capítulo da fé” na Bíblia. A mesma possui uma lista de grandes heróis do Antigo Testamento como Noé, Abraão, Isaac. Lemos sobre José e Moisés. Vemos nomes conhecidos como Gideão, Sansão, e o poderoso rei David.

E a seguir lemos sobre outros. Pessoas desconhecidas cujos nomes poderemos nunca descobrir, mas ainda assim são heróis. Lemos que Outros foram torturados, preferindo morrer a ficarem livres, porque esperavam, pela ressurreição, alcançar uma vida melhor. Outros foram ridicularizados, açoitados, acorrentados em prisões. Alguns morreram apedrejados, serrados ao meio; outros foram tentados a renegar a sua fé, acabando por ser mortos à espada. Houve os que andaram vagueando pelos desertos e pelas montanhas, vestidos de peles de ovelha e de cabra, escondendo-se em covas e em cavernas, sem amparo, perseguidos e maltratados.” (Hb 11:35-37, OL). E logo a seguir lemos esse pequeno elogio: O mundo não era digno deles. (v. 38).

Não faço ideia de tudo quanto Jesus há-de requerer de si a medida que O segue. Muito menos que consequências do negar-se a si mesmo poderá ter durante a sua vida. Com certeza, haverá ausência de diversão. Não ser reconhecido ou ser aplaudido, É muito provável que não será reconhecido ou aplaudido. Rejeitar os deuses da cobiça e poder? Com certeza. Abdicação da própria vida? Talvez, não sei. Mas sei disso: se a sua vida chegar até esse ponto, o seu sacrifício não será em vão. E quando Jesus voltar, será contado entre aqueles que venceram o acusador, aqueles que “puseram de lado o amor às suas próprias vidas a ponto de morrerem.” (veja Ap 12:10,11). E o próprio Jesus o aplaudirá; Bom trabalho.

Negando Hoje

Não precisa ler várias manchetes para aperceber-se  que Cristãos em várias partes do mundo têm sofrido perseguição por causa da sua fé. Ore pelos nossos irmãos e irmãs perseguidos. Ore para que eles notem a presença de Deus e sintam-se conectados com o grande corpo de Cristo. Ore pela intrepidez em fazer Cristo conhecido. Ore para que perdoem e amem os seus perseguidores. Ore para que eles encontrem refrigério por meio da Palavra de Deus e cresçam na fé durante o sofrimento. Ore para que eles sejam fortalecidos pelas orações de outros Cristãos. E que experimentem o conforto de Deus quando membros das suas famílias são mortos, torturados ou aprisionados por causa do seu testemunho. (Visite a página da A Voz dos Mártires, https://www.vozdosmartires.com/, e/ou da Portas Abertas, https://www.portasabertas.org.br/, para mais informações sobre a igreja perseguida.)

Uma Oração de Negação

Senhor, percebo que tornando-se como Jesusm requer que eu perca mais de mim, e eventualmente tudo de mim pois só assim poderei descobrir a vida real que o Senhor tem para mim. Sei que renunciar-me a mim mesmo e viver para Ti é tão bom, porém difícil. Sinto-me confortável em mim mesmo. Sou egoísta e desejo o que quero; sou exigente e facilmente ajo de acordo aos meus direitos. Vezes há que aparento ser alguém que se entrega totalmente quando, na verdade, é apenas uma pretensão. O meu dia gira a volta dos meus desejos, mas finjo o contrário fazendo parecer que neguei-me a mim mesmo. Não sou confortável em ceder a negação.

No entanto, honestamente, sei que é o melhor e por isso tenho grandes esperanças em negar-me a mim com essa oração. Preciso de Ti. Poderia ajudar-me a desfazer-se do meu egoísmo? Poderia ajudar-me a reajustar as minhas motivações mais profundas? Poderia encher-me com o Seu poder para ser capaz de dizer sim e não para as coisas certas? Sei por meio da Sua Palavra que eu posso negar-me a mim mesmo pois o Seu Espírito Santo vive em mim. Ele é poderoso. Eu creio em Ti por isso digo sim em seguir Jesus e, mais digo sim em negar-me a mim mesmo.

Senhor, que os meus direitos, desejos, conforto, minhas exigências, e o meu egocentrismo tornem-se cada vez menos e que eventualmente eu desapareça completamente em Ti. Amém.

“Na minha opinião tudo é ilusão, pura ilusão; tudo é passageiro.” . . . Tudo é extremamente fastidioso e cansativo. Podemos ter visto e ouvido já muita coisa, mas nunca estaremos satisfeitos. A história não passa de uma mera repetição de factos. Não há nada que seja verdadeiramente novo; já tudo foi feito ou dito anteriormente. . . .

Descobri que a sorte do ser humano, aquilo que ele faz debaixo do Sol é tudo ilusão. É como andar a correr atrás do vento.-Eclesiastes 1: 2, 8-9, 14 (OL)

Já alguma vez pensou por que tanta gente anda aborrecida actualmente nessa era de maravilhas tecnológicas com aproximadamente 200 canais de TV disponíveis?* O escritor de ciência, Winifred Gallagher acredita que o aborrecimento é um problema recente inexistente em muitas outras culturas. Ela descreve um antropologista Ocidental que estudou os Boximanes da Namibia durante vários anos tornando-se fluente na língua desse grupo étnico. Durante os seus estudos, ele tentou achar uma palavra equivalente para “aborrecido” na língua deles, mas não encontrou uma conexão; eles não percebem tal conceito. A palavra mais próxima possível ao conceito é cansado. A nossa palavra aborrecido, não havia aparecido no Inglês até a Revolução Industrial – período em que o entretenimento actual começou a ser desenvolvido.


Provavelmente, nem o sábio Rei Salomão teria tido uma palavra para aborrecido, mas o descreveu tão bem com palavras tais como ilusão e vaidade – “uma corrida atrás do vento.” Vá para fora e durante 3 minutos persiga o vento. Vá em frente! Já está de volta? Então, como foi? O que tem para mostrar?


Salomão fez uma busca incansável pelo prazer e entretenimento. Ele privou-se de nada. Divertiu-se com comédia e risadas, festas e projectos. E no final de tudo, a sua conclusão foi de que tudo era ilusão. Parece estar a dizer, “simplesmente cansa-me.”


O escritor Cristão A. W. Tozer observou que quanto mais vibrante é a nossa vida interior, menos necessitamos do exterior — ou seja, quanto mais ativo somos na mente e no espírito, menos necessitamos voltar-nos aos meios externos e outros meios de consumo. O apóstolo Paulo coloca-o desse jeito:“se ofereçam a ele como ofertas vivas, santas e agradáveis. É este o verdadeiro culto que lhe devem prestar. Não vivam de acordo com as normas deste mundo, mas transformem-se, adquirindo uma nova mentalidade.” (Romanos 12:1-2 BPT). Nós fomos criados para Deus, e até que Ele seja o nosso maior prazer, todos os outros prazeres desta vida nos levarão para um vazio.

Negando Hoje
Pense a respeito dessas questões reveladores: O que considera como meios favoritos para diversão? Onde e quando exibiu a sua maior paixão e entusiasmo? Que tipos de meios de diversão considera mais viciantes? Decida agora que a próxima vez que sentir-se aborrecido(a), ao invés de voltar-se a TV ou pegar no seu smartphone ou tablet, fará algo para renovar a sua mente. (Aqui vai uma dica: a adoração e a Palavra de Deus são bons lugares para começar.)

*O autor refere-se a realidade Americana.

Façam tudo sem murmurações nem contendas para que sejam pessoas retas e dignas, filhos de Deus irrepreensíveis no meio de gente corrompida e perversa. Devem brilhar no meio dessa gente como estrelas no céu.” Filipenses 2:14-15 (BSP)

Atenção: um espírito que reclama constantemente infeta o nosso dia a dia. No trabalho, em casa, nas redes sociais, etc. o mesmo pode ser contagioso. Uma vez que o seu candidato preferido não ganhou as eleições, você culpa o outro partido pelos males da sociedade; a sua equipa não ganhou a competição por que os árbitros foram tendenciosos ou o treinador foi incompetente; os seus filhos não cuidam da limpeza; o seu marido é insensível; o seu emprego é bastante exigente e o salário não é justo; teve um lanche mal preparado; o inverno foi bastante longo, porém o calor do verão começou bastante cedo. Suponho que a medida que lê esses exemplos, estará facilmente a concordar com eles, ou talvez mesmo terá saltado para a sua própria lista de reclamações!

Até mesmo o povo de Deus pode facilmente escorregar numa atitude de reclamações, afinal de contas, na realidade não se trata de um pecado, certo? Com certeza, a reclamação parece ser algo relativamente inofensivo quando comparado com matar, adultério, ou roubo. Murmurar aqui e ali não afecta os outros tal como a mentira ou a inveja.

Mas o motivo para o qual murmuramos revela o que realmente importa para nós. A murmuração expõe de alguma forma em quê o nosso coração está centralizado. Lamúria, em várias formas, é o polo oposto a adoração ao Senhor. Adorar é quando glorificamos a Deus pelo que Ele é e reconhecemos o que tem feito por nós, porém lamuriar é ignorar quem Deus é e esquecer-se o que Ele tem feito por nós.

Portanto, Paulo diz, desejam de facto, ser achados inculpáveis? Quer viver uma vida pura? Quer que a sua vida seja uma estrela brilhante numa noite sem nuvens? Então não resmungue. Pare com os argumentos ou queixas. Substitua lamúrias por adoração.

Negando Hoje
Não conseguirá fazer isso sem a ajuda de Deus, mas apenas para hoje, faça a seguinte resolução: como um seguidor de Jesus, faça todas as coisas sem murmuração ou queixas. Quando for tentado a lamúrias transforme-a em um momento de adoração. Quando for tentado a contendas, responda com acções de graças. Leia um salmo, ore, volte-se a uma música de adoração, e agradeça a Deus por tudo quanto já fez por si. (Para um desafio mais profundo, pratique-a durante uma semana. Aliste alguns amigos mais próximos ou familiares para o fazerem consigo e para os quais prestará contas.)

«Quando jejuarem não andem de cara triste, como as pessoas fingidas, que até desfiguram a cara para toda a gente ver que andam a jejuar. Garanto-vos que essas pessoas já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando jejuares, lava a cara e penteia-te bem. Deste modo, ninguém saberá que andas a jejuar, a não ser o teu Pai que está presente sem ser visto. Ele, que vê tudo o que se passa em segredo, te dará a recompensa.» Mateus 6:16-18 (BSP)

Cresci indo àqueles jantares nos quais as pessoas contentam-se com o que vier (potluck dinners, em Inglês). Se o termo potluck não lhe é familiar, imagine-o como a versão do “amigo oculto pirata” ou “jogo do elefante branco” (do Inglês “White elephant gift exchange“) aplicado para grandes jantares de confraternização na igreja. Trata-se de um jantar no qual cada família traz algo e coloca-a na mesa a disposição de todos. Nunca se sabe o que poderá encontrar para comer. Muita dessa comida não é necessariamente algo tão desagradável como a salada com restos de beterraba, atum, fiambre, queijo Velveeta (que aparentemente nem é queijo), mistura de manteiga de amendoim com gelatina. Ou aquelas cenouras marinadas que alguém sempre traz. Sempre pedia a minha mãe que levasse algo agradável, como um balde de frango ou a sobremesa dela de creme de cereja e queijo. Lembro-me de vários eventos da igreja que centralizavam-se nesses jantares, mas me parece difícil lembrar uma celebração sequer sobre o jejum.

Jejuar significa abster-se voluntariamente da comida para propósitos espirituais. No entanto, o jejum tem sido negligenciado na igreja há bastante tempo. Qual foi a ultima vez que ouviu um sermão a respeito? (talvez a igreja esteja a jejuar de jejum. Nao acho que isso conte.) O jejum está mencionado na Bíblia aproximadamente 77 vezes, e apesar de Deus não ordenar-nos a jejuar, parece que Jesus assume que o faremos. (Observe que Ele diz “quando,” e não “se.”)

Jejuar não é o mesmo que observar uma dieta. O seu alvo não é uma “rápida limpeza” ou rápida perca de peso. O seu propósito não é tornar-nos aparentemente mais espirituais que outros ou para ser aceite diante de Deus. Pelo contrário, é uma expressão de lamento pelo estado de pecado. O jejum expõe o domínio sobre os nossos corpos e de forma tangível demonstra a nossa dependência em Deus. Há milhares de anos, o povo de Deus tem jejuado suplicando por poder nas suas orações or por segurança. No Novo Testamento, os cristãos jejuavam por orientações de Deus. Até mesmo Jesus jejuou 40 dias e noites no deserto antes de começar o Seu ministério publico.

O jejum aproxima-nos a Ele. Ao negarmos o que o nosso corpo muitas vezes deseja, dedicamos a nossa inteira adoração em amor ao Deus que nos sustenta.

Negando Hoje

De forma privada declare um jejum – não para que tenha um corpo que se ajuste ao seu jeans ou fato de banho, ou mesmo como um teste da sua disciplina. Jejue com o único de desfrutar um tempo com Deus. Escolha um jejum a base de água apenas para um ou três dias, ou faça um jejum alimentando-se apenas com a mesma comida durante a próxima semana ou nas duas semanas seguintes. Ore por uma grande fome por Deus e a Sua Palavra mais que a comida deste mundo.

“Portanto, quer comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, devem fazer tudo para dar glória a Deus.-1 Corinthians 10:31-

Comer é bom. (Será que ouvi um “Amem”?). Porém todo o dom de Deus pode ser distorcido para uma sedução e afastar-nos de Deus. Nos Estados Unidos, os deuses da comida trabalham em regime de horas extras; imagina ao entrar num restaurante, um ambiente estimulante quer pelo que se vê ou pelo cheiro. O recepcionista dá-lhe um menu tão grosso dividido em capítulos que contém fotos que deixam água na boca. Ninguém vai a um lugar como aquele apenas para alimentar-se; é sobretudo por uma questão de satisfação, certo? Procuramos por um pedaço do céu. E de facto, parece que muitas vezes invocamos os céus ou a espiritualidade quando se trata de comida: “Esse bolo é divinal”, “Essa tarte é doutro mundo”, “comida d’alma” (tradução livre de ‘Soul food’ comida do Sul dos EUA), “bolo dos anjos”, “nectar dos deuses.”

A comida pode tão bem transformar-se em um deus para aqueles que decidem não comer qualquer outra coisa a não ser que seja algo orgânico. Alguns erguem as suas vidas a volta de dietas, exercícios, obcecados pela aparência física e seduzidos na adoração da sua própria imagem.

Quer seja alimentar-se para satisfazer desejos pessoais ou coma para manter-se saudável, pode ser levado a servir algo além do Deus que fez a própria comida. Nas Escrituras, o alimento é sempre um dom dos céus. O próprio Deus mostrou a Adão e Eva a abundância de coisas boas que Ele havia preparado como alimento para eles. Ele concebeu-nos de modos que disfrutemos da comida, não apenas comer para nos sustentar; Ele criou um grande conjunto de comidas e sabores. Ele até nos diz, “Anda, come com gosto o teu pão e bebe o teu vinho com alegria” (Eclesiastes 9:7).

Mas nunca seremos completamente satisfeitos a menos que tenhamos encontrado a nossa satisfação nEle. Jesus chama-se a si mesmo “o pão da vida” (João 6:35). Quando nos achegamos a Ele, jamais teremos fome; ao crermos nEle, já não voltaremos a ter sede mesmo não podendo ver isso, Ele é a comida que nós realmente necessitamos.

Negando Hoje

A próxima vez que sentar-se para uma refeição, dê graças pela provisão de Deus. Renuncie o poder da comida sobre você; esse poder não aliviará a sua culpa, e muito menos providenciará algum conforto incomparável. Ao contrário reconheça que só Deus pode providenciar tudo quanto necessitamos – física e espiritualmente – e seja grato(a).

Quando os chefes dos filisteus saíam para a guerra contra Israel, David obtinha mais êxitos que todos os outros oficiais de Saul, e, por isso, tornou-se ainda mais famoso. 1 Samuel 18:30, BPT

Quando era mais novo, todos os dias durante o intervalo, brincávamos com um jogo chamado o Rei da Colina. É um jogo bastante simples: todos os rapazes empurram-se ao chão uns aos outros, e ao ouvir-se o som do apito qualquer um que não foi derrubado para o chão é coroado Rei. Acho que as escolas já terão banido tais brincadeiras por incentivar a violência. Mas eu gostava desse jogo, sabe porque? por que ainda jovem, eu tinha o mesmo tamanho quando me tornei adulto. Eu era o invicto, o incontestado Rei da colina.

Desfrutei do meu reinado como Rei até ao dia que um novo aluno, mais alto e maior que eu juntou-se a minha turma. Para piorar tudo, esse novo aluno era uma rapariga. Não apenas uma rapariga qualquer, mas uma que calçava botas para cowboys, e fazia pouco das outras meninas da turma. E obviamente, durante o intervalo naquele dia, ela queria brincar o Rei da colina. Enterrou as suas botas no solo e veio justamente atrás de mim, e quando o apito tocou eu havia sido destronado por uma menina naquele dia já não era o Rei.

Descobri que o Rei da Colina não é apenas um jogo da infância que brincamos. Muitas vezes é o alvo das nossas vidas: faz os possíveis para mante-se no topo, e permaneça aí. O apelo ao sucesso parece óbvio. Trata-se de posição e autoridade, prestígio e influência. Trata-se de ocupar o lugar certo na mesa, o espaço certo no parque de estacionamento, o título certo no cartão de negócios. Trata-se de receber a coroa, o troféu, a promoção, ou o prémio. O sucesso consiste em descobrir como manter a pontuação, e então pontuar.

A palavra sucesso raramente é usada nas Escrituras, mas uma das equivalências mais próximas é a palavra abençoado(a). Actualmente, temos a tendência de usá-la como a forma mais humilde de dizer, “eu sou bem-sucedido(a).” Um convidado(a) vem e diz, “você tem uma linda casa. Eu amo os seus carros desportivos e o seu iate.” E você ri modestamente e diz, “tenho sido abençoado(a).” Mas pense na diferença entre essas duas palavras. Sucesso é a palavra que usamos para falar sobre algo que alcançamos por nós mesmos. Ser abençoado não implica que você fez algo, mas alguma coisa foi feita para si. Deixa-me colocá-lo dessa forma: Sucesso é quando realizamos; ser abençoado é quando recebemos. Se dissermos, “Eu sou bem-sucedido,” estamos dando a glória para nós mesmos. Quando dissemos, “eu sou abençoado,” estamos dando a glória para Deus.

Negando Hoje

O verdadeiro sucesso é ouvir Jesus dizer-lhe um dia, “Muito bem! És um servo bom e fiel!” (Mateus 25,21, 23). De que formas Ele avaliará o seu sucesso? Leia as declarações de bênçãos de Jesus no seu Sermão da Montanha em Mateus 5:1-12. Pode identificar-se com algum daqueles “bem-aventurados” (os pobres de espírito, aqueles que choram, etc.)? Use um cronometro durante 3 minutos apenas, e escreva o quanto pode identificar como bênçãos durante esse tempo. Ore agradecendo a Deus pelas bênçãos que tem derramado sobre si

Nem me compreendo, pois não faço aquilo que queria fazer e faço o mal que detesto… Não sou eu que o faço, mas é o pecado que está em mim. Romanos 7:15, 17 (BPT)

Jesus destruiu o pecado na cruz. Porém, o esqueleto do pecado ainda ocupa muito espaço vivo, e fede até ao céu. Tal como um problema óbvio que ninguém quer enfrentar, o mesmo exerce uma influência poderosa sobre todas as coisas. É um rival poderoso contra a integridade.

Eu ressoo com o lamento de Paulo em Romanos 7. Justamente no momento em que penso ter alcançado a vitória sobre o pecado, escuto outra vez um sopro poderoso da morte. De forma iludida, muitas vezes me vejo a praticar o mesmo pecado que havia decidido não voltar a cometer. Como odeio isso.

Odiar já é um bom começo pois Deus também odeia isso. O Espírito Santo é chamado de “santo” (posto à parte, consagrado para Deus) por uma razão. Ele está sempre pronto para ajudar a manter-nos firmes. Podemos cair, mas não estamos destruídos. Deus promete todo o auxílio necessário para vencermos o pecado. Se pedir ao Seu Espírito, Ele vai desarmar a besta em nós e limpará a nossa vida dos hábitos pecaminosos, um por um.

Muita gente acaba frustrado nos seus esforços para seguir Jesus. Eles tentam o quanto podem para “fazê-lo de forma certa,” e não percebem por que está cada vez mais difícil. Tomam a decisão de voltar a ser fiel mais uma vez, e odeiam a si mesmo por serem tão inconsistentes em cumprir a sua decisão. Recentemente, recebi um e-mail que dizia, “Muito obrigado por esse desafio de transformação de fã para seguidor. Estou tentando todos os dias em tornar-me um seguidor de Jesus.” Eu fico grato por isso, mas devo-lhe dizer que essa pessoa acabará por cair pois “tentando todos os dias” simplesmente não é suficiente. Alterando apenas uma palavra naquele e-mail faria toda a diferença no mundo. Teria de ser, “Estou MORRENDO todos os dias para tornar-me um seguidor de Jesus.”

Negando Hoje

Leia Romanos 7:15-25. Em que áreas da sua vida pode identificar-se com Paulo? Que bem gostaria de fazer, mas não consegue? De que pecado quer distanciar-se, mas não consegue? Escreva-os, se se atreve. Apresente a sua lista a Deus em oração, agradecendo-Lhe por tê-lo resgatado e liberto por meio de Jesus Cristo nosso Senhor (Romanos 7:25)

Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas quem perder a vida, por causa de mim e do evangelho, a salvará.” Marcos 8:35 (BPT)

Somos, por natureza, seres que buscam por conforto e não portadores de cruz. Somos o povo da La-Z-Boy1 ,do club privado, do dia do spa, e do Snuggie. Chegou de ver a publicidade desse produto? É um cobertor com mangas. Primeiro pensei que fosse uma ideia ridícula, porém quanto mais olhei para o Snuggie, mais desejei ter um. Então, quando a minha esposa perguntou-me que presente gostaria para o meu aniversário, fiquei surpreso com as palavras que saíram da minha boca: “quero um Snuggie.” Essa é uma frase que um adulto não planeia dizer. Estava entusiasmado com o cobertor que tem mangas! Quando o recebi, usei-o e pensei, espere aí, eu já tenho um desses. Isto é apenas um roupão de banho que alguém usa por cima.

Infelizmente, muitas igrejas desenvolveram o que chamo de Teologia Snuggie. Eles esforçam-se para que todos se sintam confortáveis o quanto possível. Prometem saúde, riquezas para todo aquele que seguir Jesus. Prometem-lhe um carro de luxo e uma casa linda. Entretanto, a imagem do Snuggie é contrário ao da cruz. Um representa facilidade, enquanto o outro simboliza dor; um promete conforto, ao passo que o outro invoca sacrifício.

Todavia, as pessoas atiram-se a Teologia Snuggie – até ficarem quebrados financeiramente, famílias destruídas, ou mesmo o estado de saúde piora. Nessa altura começam a questionar Deus, suspeitando que não está a cumprir a sua parte no trato. Uma vez que a sua expectativa era usar um Snuggie confortável, não se sentem felizes se lhes for dito que devem carregar a cruz.

Para o seguidor de Cristo, o slogan é “Morra Diariamente,” e o símbolo é a cruz. O ponto alto resume-se em render-se de si mesmo – os seus sonhos, as suas conquistas, o seu conforto. Veja que quando está morto, já não estará preocupado com a sua vida – pelo contrário, está livre para viver para Cristo.

Negando Hoje

Que implicações a morte diária de si mesmo tem provocado na sua vida? Poderia pensar de alguma coisa (ou alguém) que você perdeu por seguir a Cristo? Consegue identificar algum momento em que negar a si mesmo causou um desconforto em si?

1 Fabricante Americano de mobilias e afins.

Da parte de Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, àqueles que, pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, receberam uma fé tão preciosa como a nossa. Que a graça e a paz aumentem em vós pelo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. 2 Pedro 1:1-2 (BPT)

Ao iniciar a sua segunda carta, Pedro não apresentou-se a si mesmo como, “Pedro, o melhor amigo de Jesus, que esteve no Monte da Transfiguração, o pregador principal no dia de Pentecostes.” Ao contrário, ele simplesmente escreveu, “Simão Pedro, servo“- ou, com uma tradução mais apurada, “um escravo.” João, Timotéo, e Judas todos empregam o mesmo título para si mesmos. Tiago não começou a sua carta dizendo, “Tiago, o meio-irmão do filho de Deus.” Ele começou por dizer, “Eu, Tiago, escravo de Deus e do Senhor Jesus Cristo“(Tiago 1:1 NVT). Quando Paulo escreveu a Igreja em Roma, começou por identificar-se a si mesmo como “escravo de Cristo Jesus” (Romanos 1:1 NVT).

Muitos de nós viemos de famílias onde fomos orientados a estudar arduamente de maneiras que consigamos um bom emprego, fazer muito dinheiro, viver numa casa grande, possuir um lindo carro, e desfrutar grandes momentos de férias. Quando se pergunta a uma criança o que gostaria de ser quando fosse grande, a resposta geralmente reflecte o mesmo padrão. Nenhuma criança alguma vez disse, “quando crescer quero ser um escravo.” De facto, a maioria de nós acharia a ideia da escravatura como ofensiva por causa do que ocorreu ao longo da história. Mas é exactamente a isso que a Bíblia recomenda-nos. A Bíblia ensina que o chamado mais alto para si e para mim é tornar-nos escravos de Jesus.

Com certeza existem outras formas nos quais nos identificamos com Cristo. Ele é amigo dos pecadores, um mestre, e a cabeça da sua igreja. Ele é o Messias prometido, um Rei conquistador, e Deus omnipotente. Nós somos ovelhas perdidas e, Ele é o Bom Pastor; somos pecadores e Ele é o nosso salvador. Porém quando chamamos Jesus de “Senhor,” não nos referimos a alguma dessas formas. Ao chamar Jesus de Senhor, estamos a declarar que “Ele é o patrão, e eu o escravo.”

De facto, não tem como chamarmos Jesus “Senhor” sem declarar ou aceitar que somos seus escravos. Os dois termos são inseparáveis. Não obstante parecer uma loucura para qualquer um, por mais que pareça ridículo para aqueles que não consigam perceber, escolhemos essa vida de escravatura. Ninguém jamais será obrigado a ser escravo de Jesus; mas baseado no amor, voluntariamente nos submetemos ao Seu senhorio.

Quando rendemos completamente tudo quanto temos e tudo quanto somos para Ele, acabaremos por descobrir algo muito estranho: encontramos a verdadeira liberdade apenas quando nos tornamos escravos de Jesus.

Quando rendemos completamente tudo quanto temos e tudo quanto somos para Ele, acabaremos por descobrir algo muito estranho: encontramos a verdadeira liberdade apenas quando nos tornamos escravos de Jesus.

Negando Hoje

Escreva as palavras “escravo” e “senhor.” Que palavras e ideias veem a sua mente para descrever o papel de cada uma delas? Quais são as responsabilidades do escravo para com o seu senhor? Quais são as responsabilidades do senhor para com o escravo? Ao orar hoje, submeta-se outra vez como um escravo de Jesus, e agradeça-O por ser um Senhor (patrão) perfeito e cheio de amor.

Oiça o podcast pelo seguinte link:
https://open.spotify.com/episode/7oF7G3WGbmdEvTy7T0XfZK?si=rX8Q5cDnSfSu0-HBB9oyXg

Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. … levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo. 2 Coríntios 10:3,5

A Bíblia ensina que os nossos pensamentos determinam quem ou o que adoramos. Provérbios 4:23 (BPT) instrui: “Vigia acima de tudo o teu pensamento, porque dele depende a tua vida“. Reformulado o verso ficaria desse jeito: Tenha cuidado com o que pensa, porque o que pensa determina o que vai adorar. É por isso que a Bíblia diz que devemos levar cativo cada pensamento.

Os psicólogos nos dão uma percepção cada vez maior como isso acontece. O campo da psicologia cognitiva examina como os nossos pensamentos moldam as nossas atitudes, emoções, e comportamento. Todos eles estão interligados, mas a nossa mente é o ponto de partida.

Os especialistas dizem que a primeira vez que se pensa em algo, é como abrir um trilho através da floresta. No seu cérebro, este novo pensamento esculpe o que se chama um “caminho neural”. Tal como o trilho arborizado, no início o caminho é pouco visível mas depois o trilho começa a ser usado, e em pouco tempo, torna-se um caminho bem percorrido que parece ter estado lá para sempre.

As crianças e adolescentes estão ocupados esculpindo os rastos dos seus pensamentos num processo ainda novo. Os adultos também constroem muitos caminhos novos. Li um estudo sobre um jovem que via pornografia no seu computador, com um boné de baseball no topo do ecrã do computador. Passado algum tempo, ficou demonstrado que ele podia ficar sexualmente excitado pela visão de um boné de baseball. Ele tinha usado um caminho mental que se tornara quase impossível de mudar. Lembre-se, trata-se de uma guerra mental.

Por isso, optamos por ir para a guerra. Decidimos fazer prisioneiros. Levamos cativos todos os pensamentos que meandram pelo caminho e sujeitamo-los ao comando de Cristo. Levar cada pensamento cativo significa lutar contra cada pensamento e forçá-lo a submeter-se a Cristo. De uma forma ou de outra, haverá um prisioneiro. Ou levamos os nossos pensamentos cativos pelo poder da verdade, ou seremos levados cativos e aprisionados por mentiras.

“Ou levamos os nossos pensamentos cativos pelo poder da verdade, ou seremos levados cativos e aprisionados por mentiras.” Kyle Idleman

Negando Hoje

Que caminhos de pensamento está a reforçar na sua mente? Para onde o irão levar? Filipenses 4: 8 dá-nos um grande filtro para a nossa vida de pensamento. Leia-o e memorize-o. Peça a Deus para o tornar mais consciente do que está na sua mente.

Quer ouvir o devocional de hoje pelo podcast? Siga o link: https://open.spotify.com/episode/5lfjXLnM0Nms75g2ZkNL1b?si=4zXQq2GPTGG1170sKfvoJA