Archive for the ‘Meditações de El Predicador’ Category

É bíblico falar ou desejar “que a sua alma descanse em paz” quando um entequerido morre?

Talvez este seja um artigo para a categoria assuntos polémicos e, talvez até venha a ser considerado um ser insensível; alguém que não respeita aquele(s) que parte(m), ou… um extremista.

No entanto, antes que tome tais conclusões permita-me dizer que não é esta a real intenção do presente artigo, ademais também sou um mortal e deixo-o transparecer pelo título reconhecendo que um dia o corpo que me cobre será colocado numa urna.

Então, vejamos…

Entre os epitáfios nos cemitérios locais e nos anúncios de Necrologia dos jornais, encontramos uma mensagem comum, isto é, descanse em paz, ou o seu equivalente em Inglês “rest in peace” usualmente conhecido pelo acrónimo RIP. Frequentemente nas redes sociais,  RIP é usado em mensagens de simpatia  quando se trata do passamento físico de alguém, especialmente ao se tratar de uma celebridade.

Haverá alguma base bíblica para o uso dessa mensagem que voluntária ou involutariamente é pronunciada ou escrita por muitos?

A frase descanse em paz, vem do Latim Requiescat in pace que literalmente significa, que ele ou ela repouse em paz. Era uma prece dirigida a Deus na esperança de que a alma do defunto encontraria paz na próxima vida, ou seja, era uma oração a favor daquele que morreu. 

A série de mensagens de simpatia inclui entre outras, que Deus lhe receba junto aos seus anjos, que a terra [que lhe cobre] lhe seja leve, do Latim Sit tibi terra levis, palavras gravadas nos túmulos pelos romanos (algumas vezes apenas com as iniciais S.T.T.L.), por acharem que aos mortos deveria perdoar-se tudo. De acordo aos arquivos do Museu de Badalona, há documentos do 1º e 2º séculos d.C. que registam as iniciais S.T.T.L. em substituição a fórmula anterior: Hic situs or Sita est (HSE), “que ele ou ela descanse.Curiosamente, tendo o mesmo alvo mas, sendo uma expressão diferente, era frequente o uso da frase Ossa Tibi Bene Quiescant (OTBQ) nas províncias Romanas de África, que poderia ser traduzida como que os seus ossos descansem bem

Como se pode observar, estas e outras mensagens carregam entre si conotações religiosas. Pelo que me lembro, as mesmas sempre tiveram aceitação no Catolicismo uma vez que o ensino a respeito do purgatório é uma prática entre os Católicos, como se de uma segunda chance se tratasse para que o defunto tivesse acesso ao Céu após um período de santificação ou purificação resultante das rezas dos vivos.

Particular atenção se deve prestar aos protestantes, ou evangélicos, nos quais o uso de tais mensagens parece ser uma prática que vem ganhando espaço há já um bom tempo. Quase que todos querem expressar a sua “simpatia!”

A quem dirigimos a mensagem de simpatia? A Deus, ao ente querido, aos familiares ou a nós mesmos?

Uma vez que o defunto não escuta, então não nos dirigimos ao mesmo, e consequentemente, este fica descartado da lista. Provavelmente, de forma implícita, nos dirigimos àqueles para os quais o mesmo é um ente querido, ou então dirigimo-nos a nós mesmos como uma espécie de auto-consolo. Quanto a Deus, propositadamente, deixo este caso para as próximas linhas.

Haverá alguma autoridade bíblica para o uso do “descanse em paz (RIP)?”

A paz vos deixo, a minha paz vos dou. Mas não a dou como a dá o mundo. Não se preocupem nem tenham medo. João 14:27 (BSP)

Sem dúvidas, algumas das palavras que podem ser empregues para descrever a conversa de Jesus, que é o Principe da paz, ou a Fonte da paz* (Isaías 9:6), com os seus discípulos em João 14, são: confiança, segurança, esperança, comunhão, coragem,.., PAZ. Fica claro, logo no início que é desejo de Jesus manter uma comunhão constante com os discípulos mesmo estando fisicamente ausente e, garante-lhes a sua paz, não a paz circunstancial do mundo.

Onde tiramos a ideia de que essa paz termina ao morrermos? Afinal de contas essa morte que foi derrotada por Cristo (cf. 1 Coríntios 15:55) tem poder de retirar a paz de Cristo no crente? Nada serve de suporte Bíblico para o uso do RIP como uma súplica a favor do ente querido. Para o crente, a paz não se perde pelo contrário há aumento da sua insidade pois, agora sim, o crente que partiu está já em descanço uma vez fora das aflições deste mundo.

Agimos estranhamente pois por um lado declaramos que terminaram as dores, perturbações, e tantos outros males, especialmente se o defunto passou por um período prolongado em aflição, mas por outro…voltamos ao que a sua alma descanse em paz. Não seria isto um paradoxo? Provavelmente,  usamos o RIP simplesmente por auto-compaixão apesar de não o admitirmos pois estamos emocionalmente abatidos.

E quanto àqueles que partem sem Cristo?

Se por um lado o cristão não perde a paz, o que será daquele que morre sem Cristo? Podemos interceder a seu favor para que tenha paz estando o mesmo já na eternidade?

Parece ser uma atitude nobre e digna de respeito, mas a luz da Bíblia não há garantias de que é possível arrepender-se ou ter acesso a paz após a partida final. A parábola sobre o rico e o mendigo Lazaro em Lucas 16:19-31 claramente omite tal hipótese. Assim diz o verso 24 na versão Almeida Corrigida e Fiel (ACF):

E, clamando [o rico]*, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Lucas 16:24

De acordo com esta parábola, nao há paz para aqueles que morrem sem Cristo e, suplica alguma cambiará este estado pois é eterno. Não vivia sob domínio do Princípe da paz, mas de si mesmo logo não há terra que lhe seja leve, não há purgatorio pois já não tem como arrepender-se mais…já é tarde. Portanto, é redundante clamar que o defunto descanse em paz pois já vive em paz estando em Cristo e, opostamente, ao que parte sem Cristo já não poderá adquirir paz que apenas Cristo, o Príncipe da paz, pode conceder.

Cristo é a esperança da humanidade. Renda-se a Ele e adquira a sua bendita paz enquanto vive pois além túmulo, de acordo com o rico da parabola, há tormento.

E a paz de Deus, que vai mais além do que nós podemos entender, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em união com Cristo Jesus. Filipenses 4:7 (BSP)

Apesar de não encontrarmos, de forma clara ou directa, alguma referência Bíblica a condenar ou apoiar o uso da frase “descanse em paz” fica claro, de acordo às referências citadas que não há necessidade de interceder pelo defunto, seja este cristão ou não, uma vez que não se perde a paz (para o cristão) e muito menos ganha-se (para o não cristão) após a morte. Para os cristãos, há a necessidade de serem coerentes com a sua cosmovisão, tendo a Bíblia como o manual de fé e práctica.
Caro leitor, o que o motiva a declarar descanse em paz, ou RIP ao aperceber-se da morte de alguém? Não deixe de partilhar nos comentários, sinta-se a vontade para enriquecer a conversa. Queira discorde ou concorde com o artigo, estamos cá todos para aprender…então, vamos a conversa!

*Ênfase do autor.

Referências
– Wikipédia, Requiescat in pace. Disponível aqui. Acesso: 03/01/20.
– Portal Estácio, Histórias de Frases Famosas, p.26. Disponível aqui. Acesso: 03/01/20. 
– Museu Badalona, May the earth be light on you (Su Tibi Terra Levis). 28/10/22. Disponível aqui. Acesso: 18/03/24. 
– Veritatis Splendor, Qual a base bíblica para a doutrina do purgatório?, 2011. Disponível aqui. Acesso:03/01/20.
– gotquestions, O que a Bíblia diz sobre o purgatório. Disponível aqui.  Acesso: 03/01/20.
– Sociedade Bíblica de Portugal, a  Bíblia para todos Edição Comum (BPT09), 2009. Disponível aqui. Acesso: 03/01/20.
– Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, Almeida Corrigida e Fiel (ACF), 1994. Disponível aqui. Acesso: 03/01/20. 

17 De Dezembro
“Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura”, 1Cor.2.14

O evangelho de Deus tem por consequência poder criar um sentido de necessidade do próprio evangelho. Paulo diz: “Se o nosso evangelho ainda está encoberto, para aqueles que perecem está encoberto, os quais o deus deste século cegou os seus entendimentos, aos que não crêem…”, 2Cor.4:3,4. A maioria das pessoas está bem segura da sua própria moralidade; elas não têm nenhuma sensibilidade prognóstica de necessidade do evangelho. É Deus quem cria dentro de nós essa carência espiritual, da qual nenhum ser humano tem consciência a não ser depois que o próprio Deus a manifesta interiormente. Jesus disse: “Pedi e dar-se-vos-á”, mas, Deus não pode dar enquanto o homem não pedir. Não que ele retenha as dádivas, mas, é dessa maneira que ele estabeleceu que tudo possa acontecer ainda, com base nessa redenção que Cristo efectuou e efectiva ainda. Por nossos pedidos, Deus transpõe-se para colocar em acção os mecanismos mediante os quais ele cria as suas dádivas, as quais por sua vez, só passarão a existir depois que as pedirmos e recebermos. A realidade intrínseca da redenção é que ela está sempre formando e criando. Assim, como a redenção cria em nós a vida de Deus por nós, ela cria igualmente todas as dádivas relacionadas com essa mesma vida. Nada pode satisfazer certa necessidade senão aquilo mesmo que a criou. Esse é a essência de toda a redenção – ela cria o que satisfaz.

“E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo”, João 12:32. Quando pregamos a nossa própria experiência, as pessoas podem ficar interessadas, mas, isso não despertará nelas a consciência de sua necessidade espiritual se ela não existir já dentro de si. Se Jesus Cristo for levantado, o Espírito de Deus irá criar uma necessidade consciente dele próprio. Por trás de toda a pregação do evangelho real está a criativa redenção de Deus em acção do lado de dentro dos corações dos homens. Não será apenas nosso testemunho pessoal que salva as pessoas. “As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida”, João 6:63.

REAVIVAMENTOS

(www.reavivamentos.com)

“…Olhos para o cego e pés para o coxo… pai para o orfão e a causa que desconhecia, investiguei…” Jó 29:15,16

Septiembre 28

Jesús… le dijo: Una cosa te falta: anda, vende todo lo que tienes y dalo a los pobres… y ven, sígueme, tomando tu cruz“, Marcos 10:21

El joven y rico dignatario tenía la pasión dominante de ser perfecto. Por eso, cuando vio a Jesucristo quiso ser como Él. Cuando nuestro Señor llama a un discípulo, nunca pone la santidad personal por encima de todo lo demás. Su principal consideración es la absoluta eliminación del derecho sobre mí mismo y mi identificación con Él, lo cual implica que la única relación que existe es la suya. Lucas 14:26 no tiene nada que ver con la salvación o la santificación, sino únicamente con identificarme incondicionalmente con Jesucristo. Muy pocos conocemos lo que significa el absoluto “ve” de la identificación con Jesús, el sometimiento y la sumisión a Él.

“Entonces Jesús, mirándolo, lo amó…”, Marcos 10:21. Esta mirada de Jesús demandaba un corazón separado para siempre de toda lealtad hacia cualquier otra persona o cosa. ¿Alguna vez te ha mirado Jesús de esta manera? Su mirada penetra, transforma y cautiva. Donde te ha mirado eres tierno y flexible ante Él. Cuando eres duro, vengativo, obstinado en tu propia voluntad y siempre estás seguro de que lo más probable es que la otra persona no tiene la razón, pero tú sí, entonces hay áreas completas de tu naturaleza que nunca han sido transformadas por su mirada.

Una cosa te falta. Lo único “bueno”, desde el punto de vista de Jesucristo, es la unidad con Él sin ningún obstáculo.

Vende todo lo que tienes. Debo humillarme hasta ser sólo un solo hombre consciente, sin que quede nada más. Fundamentalmente debo renunciar a toda clase de posesiones, no para obtener la salvación (porque la única forma para ser salvo es confiar absolutamente en Jesucristo), sino con el propósito de seguir a Jesús. Ven, sígueme. Y el camino es el que Él anduvo.

 

 

AVIVAMIENTOS

(www.avivamientos.net)

“…Ojos era yo para el ciego, y pies para el cojoy examinaba la causa que no conocía“, Job 29:15,16

Agosto 24

¿Qué hombre hay de vosotros, que si su hijo le pide pan, le dará una piedra?“, Mateo 7:9

La ilustración sobre la oración que nuestro Señor emplea aquí es la de un hijo bueno solicitando algo bueno. Hablamos de la oración como si fuera posible que Dios nos escuchara sin tener en cuenta el estado de nuestra relación con Él (comparar con Mateo 5:45).

Nunca digas que no es la voluntad de Dios darte lo que pides. No te debilites ni te desanimes, sino busca la razón y consulta el índice en el libro de tu vida: ¿La relación con tu esposa, tu esposo, tus hijos o tus compañeros está bien? ¿Eres un “hijo bueno” en esas relaciones? ¿Le dices a Dios, “Oh, Señor, me he irritado y enojado, pero deseo las bendiciones espirituales”? No las puedes tener y no las tendrás, hasta que adoptes la actitud de un “hijo bueno”.

Nosotros confundimos la rebeldía con la consagración y discutimos con Dios en lugar de someternos. No miramos el índice del libro de nuestra vida. ¿Le he estado pidiendo dinero a Dios par algo que quiero cuando hay alguien a quien le debo? ¿Le he estado pidiendo libertad mientras yo se la niego a alguno de los míos? ¿He rehusado perdonarle a alguien sus ofensas y he sido cruel con él o ella? ¿Vivo como un hijo de Dios entre mis parientes y amigos? (ver Mateo 7:12).

Yo soy hijo de Dios solamente por el nuevo nacimiento y como su hijo soy bueno sólo mientras ando en la luz. La oración, para la mayoría de nosotros, se convierte simplemente en una expresión religiosa superficial, un asunto de comunión mística y emocional con Dios. Todos somos muy buenos produciendo la neblina que ciega nuestra visión espiritual. Pero, si buscamos y examinamos en el índice de nuestra vida, veremos claramente lo que está mal: una amistad, una deuda, o una actitud inadecuada. Es inútil orar si no estamos viviendo como hijos de Dios. Entonces Jesús dice: “Todo aquel que pide, recibe”, Mateo 7:8.

AVIVAMIENTOS

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“…Ojos era yo para el ciego, y pies para el cojoy examinaba la causa que no conocía“, Job 29:15,16

Junio 26

Os exhortamos también a que no recibáis en vano la gracia de Dios“, 2 Corintios 6:1

La gracia que tenías ayer no te servirá para hoy. La gracia es el favor sobreabundante de Dios y siempre puedes contar con que está disponible para que la uses según tu necesidad. En mucha paciencia, en tribulaciones, en necesidades, en angustias. En estas situaciones nuestra fe se somete a prueba (ver 2 Corintios 6:4). ¿Te falta la gracia de Dios ahora? ¿Te estás diciendo: “Oh, bueno, no la tendré en cuenta esta vez”? No se trata de orar pidiéndole a Él que te ayude, sino de recibir su gracia ahora. Somos propensos a hacer de la oración la preparación para nuestro servicio; sin embargo, nunca vemos esto en la Biblia. La oración es el ejercicio de recurrir a la gracia de Dios. No digas: “Soportaré esta situación hasta que pueda retirarme a orar”. Ora ya; acógete a la gracia Divina en tus momentos de necesidad. La oración es el acto más normal y práctico y no simplemente una acción que refleja tu devoción a Dios. Al mismo tiempo, la oración es lo último en lo que aprendemos a valernos de la gracia. “En azotes, en cárceles, en tumultos, en trabajos…”, 2 Corintios 6:5. En todas estas circunstancias echa mano de su gracia, la cual te convierte en una maravilla de Dios, ante ti y ante los demás. Recurre a su gracia ahora y no dentro de un momento. La palabra principal en el vocabulario espiritual es ahora. Dondequiera que las circunstancias te lleven y en cualquier condición que te encuentres, continúa acudiendo a la gracia de Dios. Una de las mayores pruebas de que estás valiéndote de su gracia es que puedes ser totalmente humillado delante de otras personas sólo mostrando su gracia y nada más.

“No teniendo nada…”, 2 Corintios 6:10. Nunca te reserves nada. Vierte todo de ti dando lo mejor que tienes y sé pobre siempre. Nunca seas diplomático y cauteloso con el tesoro que Dios te ha dado. Esta es una pobreza victoriosa.

AVIVAMIENTOS

(www.avivamientos.net)

“…Ojos era yo para el ciego, y pies para el cojoy examinaba la causa que no conocía“, Job 29:15,16

2 de Janeiro

…e que fazia prosperar o seu reinado em atenção ao seu povo.2 Samuel 5:12; 1 Crónicas 14:2

“Quem não vive para servir, não serve para viver”. Este é um princípio, cujo autor desconheço, que aprendi nos meus primeiros anos na caminhada com o Mestre. Mais do que rima entre as palavras, é o seu significado e a diferença que faz quando compreendido e praticado; pelo menos a mim tem marcado muito a minha vida.

No texto de hoje vemos a razão da prosperidade do reinado de David, que sabemos foi o maior rei que Israel jamais teve e até continua famoso entre nós. “Em atenção ao seu povo”; apesar de sermos criados de forma única, o propósito individual de Deus em cada um de nós une-nos a um propósito comum: servir. O faremos de diferentes formas por sermos diferentes, mas terá de encaixar-se no princípio da servidão: fomos criados para servir. Todo aquele que conhece Jesus Cristo e O segue sabe que não tem como não praticar tal princípio pois Ele é o modelo a seguir (Mc 10:45).

Nenhum de nós foi criado apenas para consumir recursos. Deus na sua infinita sabedoria planejou-me de modos a marcar diferença com a minha vida. Fui chamado para adicionar algo a vida na Terra e não apenas subtraí-la.  É vontade de Deus que eu contribua com algo.

David havia sido constituído rei para uma missão especial. Deus queria atingir o povo, e consequentemente usou a David como o seu canal. Actualmente, a maioria de nós quando ouve falar em “missão ou chamado especial”, pensa que se trata de pastores, missionários, cantores, profetas, etc., Deus deixa claro que todo aquele que pertence ao seu pasto foi chamado para ministrar.

Biblicamente falando, não devemos distinguir as palavras “servo” e “ministro” pois são sinónimas, tal como o são “serviço” e “ministério”. Se sou cristão, sou ministro, e analogamente ao servir, estou a ministrar. Uma vez salvo, é intenção de Deus para os seus alvos. Deus tem um ministério para cada um de nós na sua Igreja e uma missão para cada um no mundo.

O que importa não é a duração da minha vida, mas o quanto doo dela. A diferença não está no quanto terei vivido, mas como vivi. A vida só é completa quando me ofereço para ajudar os outros. O Mestre disse, “Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas quem perder a vida, por causa de mim e do evangelho, a salvará” (Mc 8:35). Se não sirvo, então não existo pois a vida foi feita para servir/ministrar. Devo estar ciente de que não sou salvo por servir, mas salvo para servir. Deus quer que eu aprenda a amar e servir os outros enerosamente.

1 de Janeiro

‘Aquele que é sábio, pense nestas coisas e medite no amor do Senhor.Salmos 107:43  (BPT)

Esta é uma daquelas advertências que indirectamente assume que aquele que nao a aceita é burro. Esta premissa torna-se evidente ao identificar Aquele a quem pertecem as coisas nas quais se deve pensar, o SENHOR.

Ao entendermos quem Deus é, e o que Ele fez e tem feito nas nossas vidas seria insensatez ignorá-Lo. Apenas aquele que procura pela verdade pode achá-la. Apenas aqueles, como David, que podem achar os juízes de Deus mais desejáveis do que o ouro, até mesmo, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos, (Salmos 19:10), sabem quão agradável é comunhão com Deus. Estes são considerados sábios por tomarem decisões arriscadas na vida apesar da oposição por aqueles a sua volta; são aqueles que renunciam tudo para viver em dependência dos princípios do Reino de Deus, vão e vendem tudo quanto têm para comprar o terreno onde está o tesouro (ver Mateus 13:44).

A que coisas se refere o Salmista?

Por todo o Salmo, ele descreve o relacionamento entre Deus e Israel; como este traíu o seu Deus seguindo outros caminhos, e as consequências de tal decisão. Em determinado momento o povo clamou ao SENHOR e Ele os socorreu (Salmos 107:28).  O povo é advertido a lembrar-se sempre do Eterno pela sua bondade e maravilhas (Salmos 107:31) pois isto os manterá em comunhão com o seu Criador e os ajudará a obedecerem os Seus desígnios que são justos.

Apenas um insensato se afastaria da fonte do seu bem-estar. Viver em dependência a Deus torná-nos sábios, uma vez que sendo Ele o Criador conhece-nos melhor, logo a única forma que tenho para realmente conhecer-me a mim mesmo é manter um relacionamento com o meu Inventor.

Deus tem sido tão bom para comigo, e viver debaixo do Seu senhorio é sinal de sabedoria; só um insensato optaria o contrário.

Seja sábio.

10 De Dezembro
“Abraão teve dois filhos, um da mulher escrava e outro da livre”, Gal.4.22

Neste capítulo de Gálatas, Paulo não lida com o pecado, mas, da relação que existe entre o âmbito natural e o espiritual. O natural deve ser transformado em espiritual através do sacrifício, senão ocorrerá um divórcio desastrado da vida real. Por que Deus ordenaria que o natural fosse sacrificado? Ele não ordenou. Não se trata de uma ordem de Deus, mas, de sua vontade permissiva. A determinação de Deus foi de que o natural se transformasse em espiritual através da obediência incondicional; mas, a presença do pecado tornou necessário que o natural fosse sacrificado logo ali.

Abraão teve que oferecer Ismael antes mesmo de poder oferecer Isaque (ver Gênesis 21:8-14). Alguns de nós estamos a tentar oferecer sacrifícios espirituais a Deus antes de sacrificarmos tudo aquilo que nos possa ser natural. O único meio de podermos oferecer a Deus um sacrifício espiritual, será apresentar o nosso corpo como sacrifício vivo a ele diante dele. A santificação significa mais do que libertação do nosso pecado; significa uma entrega deliberada de mim mesmo, a Deus, sem importar-me com o preço que me irá custar ainda.

Se não sacrificarmos o natural ao espiritual, a vida natural zombará da vida do Filho de Deus dentro de nós, produzindo uma permanente vacilação e oscilação em todos os nossos passos e mecanismos. Isso é sempre produto de uma natureza espiritual indisciplinada e irascível. Erramos por sermos teimosos, recusando-nos a disciplinar-nos física, moral e mentalmente. “Eu nunca fui disciplinado quando era criança”. Mas, tem que se disciplinar agora. Se não o fizer, a sua vida pessoal não irá ter qualquer valor para Deus.

Enquanto persistirmos em tornar a nossa vida natural mimada e acariciada por nós mesmos, Deus não terá porque a abençoar; quando, porém, a colocarmos no deserto e resolutamente a subjugarmos a ele e a nós mesmos para lhe obedecer incondicionalmente, então Jesus será com ela; abrirá poços e oásis dentro de nós e cumprirá todas as suas promessas em relação à nossa vida natural, Gen.21:15-19.

 REAVIVAMENTOS

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“…Olhos para o cego e pés para o coxo… pai para o orfão e a causa que desconhecia, investiguei…” Jó 29:15,16

29 De Novembro
Ele me glorificará“, João 16.14

Todos os movimentos de santidade actuais fogem em todos os seus aspectos cruciais daquela rigorosa realidade do Novo Testamento. Não há neles nada que precise com exactidão todo o valor da morte do Senhor Jesus Cristo; tudo o que se exige é urna atmosfera de religiosidade, oração e devoção e nada mais que isso. Esse tipo de experiência não é sobrenatural, nem miraculoso, nem nada real, pois não custou o sofrimento de Deus em nós, não foi tingido pelo “sangue do Cordeiro”, Apoc.12:11, nem carimbado com a marca do Espírito Santo de forma que se veja claramente – marca essa que faz os homens olharem admirados e exclamarem em uníssono: “Isso é obra do Deus Todo-Poderoso”. É disso que nos fala o Novo Testamento; é disso e nada mais e nem nada menos que isso.

O tipo de experiência cristã do Novo Testamento é o de uma total dedicação à pessoa de Jesus Cristo como pessoa real. Todos os outros tipos da chamada “experiência cristã” são desvinculados da pessoa de Jesus Cristo. Neles não é preciso ser verdadeiramente regenerado, nascer de novo para entrar no reino no qual Cristo vive de facto; neles há apenas a ideia de que ele é o nosso modelo que concretiza. No Novo Testamento, Jesus Cristo é Salvador muito antes de ser o modelo a seguir. Hoje, ele está a ser vergonhosamente divulgado como personagem eminente de uma religião, um mero exemplo para os homens. Ele é isso, mas, é infinitamente mais; ele é a própria salvação, ele é o evangelho do Deus vivo.

Jesus disse: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade… ele me glorificará”, João 16:13,14. Quando me comprometo com essa revelação como ela é feita no Novo Testamento, recebo de Deus o dom do Espírito Santo, que começa a interpretar em mim e para mim, tudo quanto Jesus fez e faz em mim, operando no meu interior tudo que ele realizou por mim na cruz para realizar agora em mim também.

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“…Olhos para o cego e pés para o coxo… pai para o orfão e a causa que desconhecia, investiguei…” Jó 29:15,16