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Ajudem-se uns aos outros, e se alguém tiver alguma razão de queixa contra outro, deve perdoar-lhe. Assim como o Senhor vos perdoou, também se devem perdoar uns aos outros. Colossenses 3:13 (BPT)

É bem provável que tenha ouvido falar do nome ten Boom. Quando adolescente, li a famosa biografia de Corrie ten Boom, O Lugar Secreto. a família de Corrie jogou um papel fundamental escondendo muitos judeus durante a invasão Nazi da Holanda. No entanto, eventualmente, ela acabou sendo capturada e presa no campo de concentração de Ravensbrück, onde foi submetida a um trabalho forcado. Alguns anos depois, após o final da guerra e sendo já liberta, num evento público, ela foi encontrou-se com um dos guardas do campo de concentração que a cumprimentou. Com o amor de Cristo profundamente enraizado nela, ela decidiu perdoá-lo. Entretanto, percebeu que o pecado apesar de apagado pelo perdão, ainda tem repercussões. Ela comparou-o ao acto de puxar o cabo do sino de uma torre. Ao parar de puxar, o sino continua soando por alguns instantes. Isso é semelhante àquele momento das suas emoções quando você é magoado. Ao longo do tempo, Deus pode curar a ferida, mas durante um período você ainda se recorda da mesma.

Provavelmente tenha ouvido bastante sobre o perdão de Deus – como Ele enviou o seu Filho para morrer na cruz de maneiras que sejamos perdoamos dos nossos pecados. Cremos profundamente que tenhamos sido perdoamos e somos gratos por tal acto.

No entanto, muitas vezes, tem sido difícil perdoar os outros. Um condutor bêbado atravessa a mediana, batendo no autocarro que transportava o seu filho. Perdoá-lo?

O seu cônjuge o(a) trai e abandona-o(a). Perdoá-la(o)? O seu filho adolescente escapa-se com o seu carro e destrói-o. O seu vizinho o leva a tribunal por causa de uma disputa de propriedade. Perdoá-los? O que fizeram parece imperdoável. O mal que sofreu é demasiado grande para suportar.

Mas é exatamente esse o objetivo do perdão. Não fomos feitos para carregar esse fardo. Não estamos destinados a viver aprisionados pelo nosso próprio desejo de corrigir o mal. A falta de perdão é aquela “raiz venenosa de amargura que cause perturbação, contaminando muitos” (Heb. 12:15 NVT). Já a presenciei, e não é bom. Décadas de dor e separação por causa da teimosia em perdoar. Famílias despedaçadas. Crianças adultas que não falam com os pais há anos.

Mas também já presenciei a beleza e a liberdade que vêm quando perdoamos. Casamentos restaurados e até reforçados. Famílias reunidas. Adolescentes destroçados, dominados pelo perdão dos seus pais amorosos. Ah poderá ainda sentir os efeitos do erro. Poderá ainda ouvir o sino tocar por algum tempo. Mas a liberdade ganha pelo perdão vale a pena. Então vá em frente: Puxe esse cabo.

Buscando Hoje

Tal como leu hoje, o que veio à mente que foi (ou é) difícil para si perdoar? Ainda está a nutrir o rancor? Leia a parábola de Jesus sobre um servo implacável em Mateus 18:21-35. Ore pelo próximo passo que precisa dar para iniciar o processo de cura. Escreva um bilhete, faça uma ligação, ande pela rua ou vá a sala ao lado. E simplesmente perdoe tal como foi perdoado.